Uma iniciativa do GAC-PE em parceria com a Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE) está capacitando estudantes e profissionais de saúde para o diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil. Neste Setembro Dourado, mês dedicado à conscientização do câncer infantojuvenil, o projeto Fique Atento: Pode ser Câncer, que já formou 40 mil pessoas, completa 20 anos. Essa é uma ferramenta fundamental para aumentar as chances de cura da doença. As capacitações, em parceria com a Secretaria Estadual de Educação, são gratuitas, on-lines e com direito a certificação. As inscrições são permanentes e podem ser realizadas pelo site: telessaude.pe.gov.br.
Apesar de ser considerada uma patologia rara, o câncer infantojuvenil já representa a primeira causa de morte por doença (8% do total) entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Por outro lado, o diagnóstico prematuro, atrelado a um tratamento rápido e eficaz, faz com que as chances de cura cheguem a 80%.
A oncologista pediatra e presidente do GAC-PE, Vera Morais explica que o câncer infantojuvenil apresenta particularidades específicas e que se proliferam rapidamente, a leucemia e o linfoma são as neoplasias mais recorrentes nessa faixa etária. “O projeto busca complementar a formação dos profissionais de saúde, pois os cursos de graduação não oferecem disciplinas específicas sobre o câncer infantojuvenil, que apresenta sintomas fáceis de serem confundidos com doenças comuns, como a gripe e o resfriado”, completa a médica.
Nos últimos três anos, já foram emitidos cerca de 15 mil certificados do Fique Atento. A expectativa é que após a capacitação, os profissionais possam registrar possíveis ocorrências e recebam resposta clínica em até 72h, acelerando o processo de encaminhamento dos pacientes ao diagnóstico e tratamento na rede pública de saúde.“É crucial que os profissionais da atenção básica estejam capacitados para a suspeita e diagnóstico rápido da doença, aumentando, assim, as chances de cura e de melhoria na qualidade de vida dos pacientes”, reforça Vera Morais.