FIQUE ATENTO: PODE SER CÂNCER

Com o objetivo de estimular a prática do diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil, hoje, a principal ferramenta de prevenção e combate a doença, o Grupo de Ajuda à Criança Carente com Câncer – Pernambuco (GAC-PE) desenvolve desde 2015 o projeto “Fique Atento: Pode ser Câncer”. A iniciativa, realizada em parceria com as secretarias de Saúde e Educação do Recife e o Centro Acadêmico de Vitória (UFPE), é a escolhida pela instituição para marcar o Setembro Dourado, mês de conscientização sobre o combate ao câncer infantojuvenil.

O “Fique Atento: Pode ser Câncer”, que teve sua terceira edição realizada em 2017, promove capacitação voltada para profissionais das equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF), com o objetivo de facilitar o diagnóstico nas unidades de saúde com o suporte da telessaúde. As aulas acontecem por meio do Núcleo de Telessaúde da UFPE (NUTES), que oferece recursos para realização de aulas através de telecomunicação, e duram cerca de três meses. O projeto busca complementar a formação dos profissionais de saúde, pois os cursos de graduação não oferecem disciplinas específicas sobre o câncer infanto-juvenil, que apresenta sintomas fáceis de serem confundidos com doenças comuns.

Outra aposta do GAC-PE na luta contra o câncer infantojuvenil é a capacitação dos professores da rede municipal de ensino do Recife. Profissionais de mais de 300 escolas participam de palestra de capacitação sobre sinais e sintomas que alertam para suspeição de diagnóstico precoce. Como as crianças passam grande parte do dia em sala de aula, a instituição percebeu que os professores podem ser decisivos na identificação precoce dos sinais e sintomas do câncer, que é a primeira causa de morte por doença em crianças e adolescentes, de 1 a 19 anos, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).

A palestra de formação para os professores, realizada pela a médica Vera Morais, presidente do GAC-PE, destaca alguns sinais e sintomas que podem ser indícios de câncer infantojuvenil: febre persistente, sangramento, dor de cabeça e dor no corpo, palidez acentuada e perda de peso, entre outros. Os sintomas podem ser facilmente confundidos com doenças comuns e por isso é preciso ficar atentos. Hoje, o diagnóstico precoce é única forma de combater o câncer.

SETEMBRO DOURADO – A campanha foi criada para chamar a atenção, por meio de ações preventivas e educativas, para os sinais e sintomas do câncer infantojuvenil e a importância do seu diagnóstico precoce. A iniciativa é da Confederação Nacional das Instituições de Apoio e Assistência à Criança e ao Adolescente com Câncer (CONIACC), entidade que congrega 49 instituições espalhadas por todo o País.

DIAGNÓSTICO PRECOCE – De 2008 a 2012, em parceria com o Instituto Ronald Mac Donald (IRM), o GAC-PE levou capacitação sobre os sinais e sintomas que servem de alerta para a suspeição do diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil para profissionais da Equipe de Saúde da Família (ESF) – primeira referência de saúde para a família, considerando a população de baixa renda.

A iniciativa em Pernambuco capacitou presencialmente 1.747 (Um mil setecentos e quarenta e sete) profissionais no Recife, Limoeiro, Vitória de Santo Antão, Ibimirim, Manari, Garanhuns e Paulista.

O CÂNCER INFANTOJUVENIL – De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil, o câncer infantojuvenil já representa a primeira causa de morte (7% do total) por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos, para todas as regiões. Estima-se que ocorrerão cerca de 12.600 casos novos de câncer em crianças, adolescentes e jovens no país por ano, em 2016 e em 2017. As regiões Sudeste e Nordeste apresentarão os maiores números de casos novos, 6.050 e 2.750, respectivamente, seguidas pelas regiões Sul (1.320), Centro-Oeste (1.270) e Norte (1.210). Para tentar reverter esse prognóstico, as instituições trabalham na divulgação dos principais sinais e sintomas de alerta à suspeição do diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil.

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